Teatro Renaissance
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“O Figurante” – A Poética da Invisibilidade
Na solidão de um palco nu, Mateus Solano encarna Augusto em seu primeiro monólogo, um figurante apaixonado pelo que faz, mas eternamente à margem, preso a uma existência que não lhe concede o desejo de exercer plenamente o ofício de ator. Entre sonhos e funções que parecem nunca se concretizar, Augusto luta por dignidade em um mundo que o silencia, onde cada tentativa de “ir além” é anulada pela indiferença. Há em sua jornada ecos das peças de Franz Xaver Kroetz, com suas paisagens de cotidiano vazio, que expõem a banalidade como um reflexo profundo da condição humana. Sob a direção sensível de Miguel Thiré, “O Figurante” transforma essa luta…